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04.04.2025 05:35 PM
EUA contra todos: Tarifas de Trump pressionam mercados globais, de Wall Street à Europa

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Wall Street em tempestade: Tarifas de Trump derrubam os mercados

Os mercados acionários dos EUA despencaram na quinta-feira, registrando as perdas diárias mais dolorosas dos últimos anos, uma vez que a inesperada e agressiva manobra tarifária de Donald Trump desencadeou uma onda de pânico nos mercados globais.

Da promessa pró-mercado às barreiras comerciais

Há pouco tempo, Wall Street vivia um rali impulsionado por promessas da Casa Branca de estímulo à atividade empresarial. Mas tudo mudou. Trump anunciou tarifas de 10% sobre uma ampla gama de produtos importados – com taxas ainda maiores para alguns países.

Para os investidores, o sinal foi claro e preocupante: os acordos comerciais internacionais estão sendo desmontados, e o cenário aponta para um conflito econômico global iminente.

Fuga das ações: capital migra para ativos seguros

Diante da incerteza crescente, os investidores correram para retirar recursos da renda variável e buscar refúgio em ativos mais seguros, como os títulos do Tesouro dos EUA. Esse movimento revela a perda de confiança na estabilidade de curto prazo dos mercados acionários.

A volatilidade disparou – o índice VIX, conhecido como "termômetro do medo", saltou para o maior nível das últimas três semanas.

Contra-ataque iminente: o mundo reage à ofensiva dos EUA
Washington corre o risco de se isolar. A China já prometeu retaliações, enquanto a União Europeia pode enfrentar tarifas de 20%, alimentando ainda mais as tensões. México, Coreia do Sul, Índia e outros parceiros comerciais adotaram uma postura cautelosa, tentando negociar antes da entrada em vigor das tarifas, prevista para 9 de abril.

Mercados sob pressão: Wall Street registra maiores quedas em anos
A quinta-feira foi marcada por forte aversão ao risco. Os principais índices de ações dos EUA caíram de forma expressiva, com o setor de tecnologia no centro do colapso.

Segundo dados preliminares, o índice S&P 500 recuou 275,05 pontos (-4,85%), fechando aos 5.395,92. O Nasdaq Composite caiu ainda mais: 1.053,60 pontos (-5,99%), encerrando o dia em 16.547,45. Já o Dow Jones perdeu 1.682,61 pontos (-3,98%), fechando aos 40.542,71.

Tecnologia em queda: gigantes perdem valor de mercado
O setor de tecnologia, tradicional motor de crescimento de Wall Street, sentiu o impacto de forma aguda. As ações da Apple despencaram após o anúncio de uma tarifa total de 54% sobre produtos oriundos da China, onde a empresa mantém grande parte de sua produção. Nvidia e Amazon também registraram quedas significativas – ambas foram afetadas pela escalada da política econômica externa dos EUA.

Não é acaso: correção reflete mudança estrutural
A tendência de queda não é novidade. Desde a posse de Trump, os mercados já vinham mostrando sinais de fragilidade. Agora, o otimismo que marcou janeiro cede lugar à preocupação: o S&P 500 e o Nasdaq já caíram 10% em relação aos recordes recentes. Analistas falam em uma "correção", mas apontam que as causas vão além da volatilidade – há uma reavaliação dos riscos econômicos trazidos pelo protecionismo.

Aposta no Fed: expectativa por corte de juros

Em meio à turbulência, cresce a expectativa de que o Federal Reserve será forçado a aliviar a política monetária. Analistas já projetam até quatro cortes na taxa básica de juros ainda este ano – o primeiro deles pode ocorrer já em junho, com uma redução de 0,25 ponto percentual.

Gigantes Industriais Sob Ataque: Tarifas Abalam Cadeias de Suprimento

O setor varejista está no olho do furacão causado pelas novas tarifas, com empresas que dependem de manufatura internacional começando a registrar perdas significativas.

Nike e Ralph Lauren foram algumas das primeiras afetadas, com suas cadeias de suprimento no Vietnã, Indonésia e China impactadas pelas novas tarifas dos EUA. Marcas com atuação global agora enfrentam uma nova realidade logística e de precificação.

Setor bancário abalado pela incerteza
O setor financeiro também não escapou da pressão. Gigantes como Citigroup, Bank of America e JPMorgan Chase registraram quedas expressivas. Bancos são especialmente sensíveis a oscilações macroeconômicas, e o ambiente atual está levando investidores a questionar a resiliência do sistema financeiro diante do agravamento das condições globais.

Sinais do Russell 2000: sintomas internos de estresse
O índice Russell 2000, que reúne empresas de pequeno porte nos EUA, também fechou no vermelho. Esse indicador, considerado um termômetro da economia doméstica, confirma os temores de que o estresse não vem apenas do exterior – há sinais claros de pressão interna na economia americana.

Gigantes do petróleo perdem terreno: preços em queda pressionam o mercado
Exxon Mobil e Chevron, dois dos maiores nomes do setor de energia, não resistiram à queda nos preços do petróleo, que despencaram 6,8%. A retração está ligada tanto à escalada das tensões comerciais quanto ao aumento da produção por parte dos países da OPEP+. A pressão sobre os ativos de commodities cresce, afetando toda a cadeia – de produtores a investidores.

Ilha de estabilidade: bens essenciais mostram resiliência
Em meio ao colapso generalizado, um setor resistiu: o de bens de consumo essenciais. Tradicionalmente vistos como "portos seguros" em tempos turbulentos, esses ativos ganharam impulso adicional graças aos resultados acima do esperado da Lamb Weston, fornecendo um raro alento positivo ao mercado.

Velho Continente no vermelho: Europa entra em zona de risco
Na manhã de sexta-feira, os mercados europeus seguiam em queda. O índice pan-europeu STOXX recuou 0,9%, acumulando uma perda semanal de 4,4% – o pior desempenho desde junho de 2022. A reação é uma consequência direta das tarifas de 20% impostas pelos EUA sobre importações europeias.

A ameaça de uma recessão global se torna cada vez mais concreta. Em resposta, cresce a pressão sobre o Banco Central Europeu, que pode ser forçado a cortar os juros de forma emergencial para evitar que a economia afunde em estagnação.

Frente financeira: bancos europeus sob forte pressão
O setor bancário europeu mergulhou no negativo. O índice bancário da região (.SX7P) foi o que mais caiu entre os setores, com baixa de 3,8%, refletindo o nervosismo em relação às perspectivas de crescimento econômico.

Especialistas alertam que essas perdas não são apenas uma reação ao "ruído externo", mas uma resposta direta ao aumento do temor de que uma guerra comercial prolongada afete a liquidez e eleve os riscos de crédito no sistema financeiro.

Foco nos EUA: mercados prendem a respiração antes de dados de emprego
Os olhos do mundo financeiro estão voltados para o relatório de empregos dos EUA de março, previsto para ser divulgado às 12h30 GMT. A publicação é vista como crucial, pois revelará o estado da maior economia do planeta antes da escalada tarifária que abalou a confiança dos investidores.

Há esperança de que os dados tragam estabilidade e mostrem resiliência do mercado de trabalho americano. No entanto, qualquer desvio em relação às projeções pode intensificar o pânico em meio ao aumento das tensões geopolíticas e econômicas.

Sinais fracos da Alemanha: indústria ainda sem fôlego
Os dados divulgados na sexta-feira na Alemanha não trouxeram alívio: os pedidos industriais de fevereiro ficaram estagnados. Apesar de uma revisão positiva dos números de janeiro, o tom geral do relatório aponta que o motor industrial europeu ainda está engasgando.

Analistas acreditam que o pior da retração industrial pode ter passado, mas uma recuperação rápida parece improvável, já que fatores externos como demanda global fraca e instabilidade política continuam travando o setor.

Turbulência corporativa: Gerresheimer desaba após colapso de negociação
O noticiário corporativo também trouxe más notícias. As ações da Gerresheimer, empresa alemã de embalagens farmacêuticas e cosméticas, caíram 6% após o gigante de investimentos KKR abandonar as negociações para uma possível aquisição via consórcio privado.

A desistência caiu como um balde de água fria sobre investidores que esperavam uma movimentação estratégica de grande porte. Agora, o futuro da empresa parece mais incerto – e o mercado reagiu de forma imediata.

Thomas Frank,
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